Carlos Alberto de Sousa Rosado nasceu em Mossoró (RN), no
dia 23 de dezembro de 1948, filho do ex-prefeito mossoroense e ex-governador
do Rio Grande do Norte Jerônimo
Dix-Sept Rosado Maia e Adalgisa Sousa Rosado. Proveniente de família de
profunda tradição política no estado potiguar, Betinho é irmão do
ex-deputado federal Carlos Augusto Rosado e cunhado da senadora Rosalba
Ciarlini, além de primo de Laíre Rosado, ex-secretário de
agricultura do Rio Grande do Norte e ex-deputado federal, e de Fafá
Rosado, atual prefeita do município de Mossoró, cidade que
administra desde 2005.
Formado em
Agronomia, pela Escola Superior de
Agricultura, localizada em Mossoró, e em Economia, pela
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), fez especialização em Administração de Projetos em
Desenvolvimento na Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ) e mestrado em Economia
Rural, na Universidade Federal de Viçosa (UFV). Atuou em diversas atividades
antes de ingressar na carreira política. Em 1974, um ano após terminar sua
graduação em ambos os cursos, trabalhou como extensionista rural e coordenador de atividade de campo
do Projeto Sericicultura, empreendido pela Secretaria Estadual de Agricultura
de seu estado. Em 1977 passou a integrar o corpo docente da Escola Superior de
Agricultura, em Mossoró. Nessa instituição, da qual também foi vice-diretor
entre 1984 e 1988, atuou por 17 anos.
No
ano de 1986 filiou-se ao Partido da Frente Liberal (PFL), atual Democratas
(DEM). Antes de tornar-se
parlamentar, assumiu a secretaria de estado do Trabalho e Ação
Social entre 1991 e 1994,
a convite do então governador José Agripino
Maia. Em outubro de 1994 disputou as eleições como candidato a deputado
federal e foi eleito para o exercício do
seu primeiro mandato no Congresso Nacional.
No
ano seguinte tomou posse na Câmara e foi escolhido
Terceiro-Vice-Presidente e Titular da comissão especial para proposta de
emenda constitucional (PEC), aprovada em novembro de 1995, que visava
flexibilizar o monopólio do petróleo. Como titular, integrou também
comissão para PEC que propunha aumento da idade para aposentadoria compulsória
de magistrados. Nas
eleições de outubro de 1998, foi reeleito congressista com
um total de 353. 415 votos, correspondentes a 34,31% dos votos
válidos.
Em maio de 2001 integrou Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada pela
Câmara para investigar possíveis irregularidades nas obras iniciadas e não
concluídas pela administração federal, assim como nos bens imóveis
que não eram utilizados, ou que apresentavam
uso inadequado. Seis meses após o início das investigações, o
relatório apresentado pela Comissão sugeriu que o governo acompanhasse melhor a
execução de obras públicas, recomendou que o Tribunal de Contas da União (TCU)
mantivesse a Comissão Mista de Orçamento informada sobre a constatação de
irregularidades em projetos e solicitou à Procuradoria Geral da República que
acompanhasse as três obras que apresentaram os maiores indícios de
irregularidades: as das rodovias BR-135 e BR-386 e do
aeroporto Luís Eduardo Magalhães, na Bahia.
Novamente
candidato à reeleição em outubro de 2002, obteve 92.888 votos, sendo eleito para o cumprimento de mais
uma legislatura. Antes mesmo de tomar posse desse mandato,
solicitou licença à Câmara dos Deputados para assumir o cargo de
Secretário da Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande
do Norte, no primeiro governo de Wilma Maria de Faria
(2003-2007), mantendo-se licenciado entre janeiro e novembro de
2003. No decorrer do ano seguinte, solicitou duas outras licenças
para ocupar a secretaria de Educação, Cultura e Desporto no
governo potiguar.
Em março de 2005, de volta à atuação parlamentar, passou a integrar, como
membro titular, seis comissões permanentes instaladas na Câmara:
Agricultura e Política Rural; Economia, Indústria e Comércio; Educação, Cultura
e Desporto; Finanças e Tributação; Fiscalização Financeira e Controle; Minas e
Energia. No decorrer desse ano atuou também como membro titular
de comissão especial para PEC que visava
disciplinar as coligações eleitorais.
Em setembro de 2006 foi sorteado pelo Conselho de Ética para
atuar nos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
(CPMI) que investigou a chamada “máfia dos
sanguessugas”, grupo que incluía parlamentares acusados de criar emendas
destinadas à compra superfaturada de ambulâncias, entre os anos de 2002 e
2003. Quando da escolha de relatores para os processos abertos contra os
deputados acusados participação no esquema das ambulâncias, Rosado foi escolhido para relatar o processo contra
o então deputado federal Cleonâncio Fonseca, do Partido Progressista (PP-SE),
acusado de receber R$ 24 mil de propina. Em novembro pediu
afastamento do Conselho, sendo substituído na relatoria. O relatório final da CPI dos Sanguessugas, aprovado em
dezembro de 2006, pediu o indiciamento de dez pessoas, enumerou prefeituras que
teriam sido alvos do grupo e apontou o arquivamento dos processos contra
deputados, alegando falta de tempo para julgá-los.
No
pleito eleitoral de outubro concorreu pela manutenção de sua vaga na
Câmara, contou com 81.402 votos e obteve a posição de primeiro
suplente. No dia 2 de agosto de 2007, em virtude do falecimento
do deputado Nélio Dias (PP-RN), foi efetivado para o cumprimento
de seu quarto mandato de deputado federal. Em outubro, se
absteve durante votação da proposta apresentada pelo
Governo Luís Inácio Lula da Silva, aprovada em dois turnos pela Câmara, mas não
pelo Senado, de prorrogar a cobrança da Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira (CPMF).
Em março de 2008 solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seu
desligamento do DEM para se filiar a outro
partido, justificando-o em função das mudanças nas regras e estatutos
partidários, decorrentes da transição do extinto Partido da Frente Liberal
(PFL) para o Democratas.
Casou-se
com Meire Simone Barrocas.
LUCIANA PINHEIRO
FONTES: Portal da
Câmara dos Deputados (http://www2.camara.gov.br/; acessado em 09/02/2009); Portal Direito 2 –
Notícias de Direito (http://www.direito2.com.br/; acessado em 11/02/2009); Portal do Jornal Correio da Tarde (http://www.correiodatarde.com.br/; acessado em 12/02/2009); Portal da Revista Época (http://epoca.globo.com/; acessado em 12/02/2009); Portal do Jornal Folha
de São Paulo (http://www.folha.uol.com.br/; acessado em 10/09/2009); Portal do Tribunal
Regional do Rio Grande do
Norte (http://www.tre-rn.gov.br/; acessado em 09/02/2009).
FONTE - FVG